A Nissan decidiu “levantar o véu” sobre o desenvolvimento do novo ARIYA. Uma das preocupações na construção deste elétrico, era a sua relação com o tempo, e como sabemos o tempo nunca é verdadeiramente previsível.
Em instalações avançadas de investigação com túnel de vento próximas de Paris, uma equipa da Nissan testou a aerodinâmica do ARIYA. Sempre que ativassem um botão, eram capazes de controlar com precisão as forças da natureza, desde uma simples brisa, até aos ventos mais fortes como os de uma tempestade tropical.
A arte perfeita da aerodinâmica automóvel
Sarwar Ahmed, engenheiro de Aerodinâmica na Nissan Europa, explica que “O objetivo consistia em reduzir o atrito aerodinâmico do automóvel, fazendo assim com que fosse mais fácil “cortar o vento”.
Segundo afirma a Nissan, o objetivo passava por conseguir um coeficiente de atrito aerodinâmico de 0,297 Cx que, caso fosse alcançado, iria tornar o ARIYA no crossover mais aerodinâmico de sempre da marca.
A redução do atrito é ainda mais importante nas viagens de longa distância e de elevada velocidade, sem uma forma aerodinâmica «a grande maioria da energia da sua bateria seria utilizada simplesmente para atravessar o ar», explica Sarwar.
Esculpir uma forma
Cada elemento do ARIYA foi pensado e desenhado ao detalhe para assegurar que a sua forma fosse tão aerodinâmica quanto possível. Mas como testar isso? No túnel de vento!
Sarwar afirma que “Durante as fases iniciais do desenvolvimento do automóvel, a Nissan dispôs de mais do que um conceito de estilo. Este processo começou logo na definição das proporções ou da forma geral do automóvel, uma fase na qual podem ocorrer mudanças muito significativas”.
Cada detalhe pode afetar a aerodinâmica de um automóvel, sendo que pequenos ajustes irão fazer grandes mudanças. “As rodas e os pneus contribuem com cerca de 1/3 do atrito do automóvel” é por isso que, pequenas peças com função de desviar e orientar o fluxo de ar em redor dos pneus são tão importantes. De forma similar, «os obturadores da grelha que impedem a passagem de ar para o compartimento do motor contribuem em grande medida para a melhoria do atrito».
Após os testes do túnel de vento um dos ajustes necessários foi o posicionamento dos espelhos retrovisores de cada modelo. Através da análise por computador do fluxo de ar ao longo do modelo de teste, a equipa foi capaz de identificar os locais nos quais o desprendimento de vórtices (áreas de baixa pressão) é mais forte, o que poderá puxar o automóvel para trás. Para mitigar este efeito no novíssimo Nissan ARIYA totalmente elétrico, isso significou que «os espelhos retrovisores foram montados tipo bandeira e não tipo vela», comenta Sarwar. «Isto faz com que também a aero-acústica seja melhor!»
Potência feroz afinada ao seu máximo
Para uma melhor captação de dados, este túnel foi contruído exclusivamente tendo em conta este campo de física. Um solo em movimento permite que as rodas do automóvel rodem para simular a condução numa estrada, enquanto o chão no interior do túnel de vento aspira também o ar na dianteira do automóvel para assim reduzir o crescimento da camada limite, aumentando ainda mais precisão das medições. Ainda mais impressionante, “todo o túnel está instalado sobre uma balança gigante subterrânea capaz de detetar as mais pequenas forças e medir os binários segundo 6 eixos” confidencia Sarwar.
O foco principal é economizar o máximo possível, diminuindo assim as emissões do motor de combustão ou ajudando os VE e terem maior autonomia. Nesta era em que a mudança para veículos elétricos é tão importante, Sarwar destaca que “os testes e o desenvolvimento aerodinâmico apenas poderão aumentar em quantidade garantindo que os clientes obtêm a melhor autonomia possível nos seus Nissan”.
O novo Nissan ARIYA incorpora toda esta dinâmica tornando-se assim o modelo mais eficiente no que respeita à aerodinâmicos de toda a gama de crossovers da Nissan. Na corrida por uma mobilidade pessoal mais verde, há a certeza de que mais modelos Nissan serão testados contra a força de uma tempestade, no túnel de vento.