No evento que se realizou no início do ano, discutiram-se temas como energia, produção e armazenamento energético, bem como o seu impacto ambiental. A Nissan, pioneira na eletrificação de automóveis, organizou um painel intitulado “Energia, Armazenamento, Infraestruturas e Conectividade” para abordar essas questões.
Um painel totalmente “energético” que começou com uma abordagem muito especial sobre a produção de baterias e que responde às seguintes questões: Vamos ter capacidade para produzir as baterias que vão ser precisas? E quem as vai produzir? E a que custos?
James W. Mills da Benchmark Minerals Intelligence, destacou a crescente procura por baterias, especialmente devido ao setor automobilístico. O especialista em produção de baterias e nas implicações geoestratégicas das atuais capacidades de mineração e de produção em todo o mundo, começou por relembrar que a procura por baterias deverá crescer 90% até ao final da corrente década.
Na sua opinião, o rápido desenvolvimento tecnológico vai fazer evoluir a procura de minerais críticos. E por essa razão, todos os fabricantes de automóveis devem fazer uma monitorização permanente de forma a antecipar as futuras necessidades, quer em termos de disponibilidade das matérias-primas, quer na fabricação das mesmas.
De seguida, fez-se ouvir Ricardo Leite, da GALP, que trouxe uma nova perspetiva sobre como será produzida a energia do futuro e como podem os clientes escolher a melhor opção no momento de aquisição de um automóvel elétrico.
Na produção de energia fotovoltaica, a Galp aposta fortemente no desenvolvimento da produção descentralizada (feita por particulares nas suas casas ou por empresas) porque, como afirma Ricardo Leite “a Galp é o maior operador de postos de carregamento para veículos elétricos mas, com o previsível aumento do parque de automóveis elétricos ,o autoconsumo é por si só uma forma de contornar eventuais insuficiências da rede elétrica, ao mesmo tempo que torna o consumo de eletricidade mais eficiente e mais económico”.
E é precisamente neste quadro que Ricardo Leite anuncia uma parceria exclusiva para os clientes Nissan e que passa pela oferta, em simultâneo com a compra do automóvel, de uma solução de produção de energia fotovoltaica o que reforça, ainda mais, as componentes económica e ambiental, através do consumo de energia 100% renovável, da mobilidade elétrica.
Depois da temática do armazenamento e da produção de energia, chegou a vez de Sérgio Almeida, CEO da GlobalCharging, abordar o tema da integração e gestão da informação ligada à mobilidade elétrica.
A revolução que representa a mobilidade elétrica é, também, uma revolução na diversidade de soluções e de oferta disponíveis para o carregamento dos veículos. Sérgio Almeida salientou que “as empresas têm a necessidade de conhecer e integrar os custos de carregamento da sua frota, sejam eles na rede pública ou privada. Esta descentralização do fornecimento da energia, que é em si mesmo uma boa notícia, causa um problema pela ausência de soluções para o controlo desses custos.”
O Oasis Hub da GlobalCharging é uma solução para a integração de todas as soluções de todos os atores, sejam eles operadores de postos de carregamento, comercializadores de energia ou empresas/condomínios com postos próprios.
Graças à tecnologia ERP (Entreprise Resource Planning) e à utilização do protocolo OCPI de ligação entre os comercializadores e os operadores de postos de carregamento, é possível que um cliente do Oasis Hub tenha acesso ao carregamento do seu automóvel em qualquer parte do mundo e qualquer visitante estrangeiro possa carregar, em Portugal, o seu automóvel elétrico.